O Poema Ensina a Cair
Raquel Marinho
Perseguindo a ideia de Lawrence Ferlinghetti - "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas" - esperamos, através das escolhas poéticas dos nossos convidados, ficar mais perto deles e conhecê-los melhor. Usamos o verso de Luiza Neto Jorge “O Poema Ensina a Cair” para dar título a este podcast sobre os poemas da vida dos nossos convidados.
Um projecto da autoria de Raquel Marinho.
"Melhor podcast de Arte e Cultura" pelo Podes 2021 - Festival de Podcasts.
Djaimilia Pereira de Almeida: Nunca poderia fazer critica literária porque eu só gosto de falar das coisas de que gosto. E não tenho paciência nenhuma para ser justa."
Djaimilia Pereira de Almeida publicou o primeiro livro Esse Cabelo, em 2014, e desde então mais 13. Os seus livros e ensaios receberam vários prémios, incluindo o Prémio Oceanos e o Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB 2024, e estão traduzidos em dez línguas.Nesta conversa, a partir de alguns dos poemas de que mais gosta, ficamos a saber, por exemplo, que já muito pequena escrevia poemas que depois mostrava na escola e ao avô, que na adolescência não só lia muita poesia como chegou a bord
Leituras com Pedro Mexia: "A Djaimilia é ao nível da frase. É, digamos assim, na tradição portuguesa recente, o que é por exemplo alguém como a Maria Velho da Costa."
No segundo episódio da rubrica Leituras com Pedro Mexia, conversamos sobre Djaimilia Pereira de Almeida e Dylan Thomas.A partir da obra "Livro da Doença", edição Relógio D' Água, falamos de outros livros da autora e de outros autores.Na conversa sobre Dylan Thomas, partimos do livro "Eu Vi o Tempo Assassinar-me, uma antologia", com tradução de Frederico Pedreira e edição Assírio & Alvim.Neste episódio, e porque hoje é Dia de São Valentim, lemos alguns poemas de amor de poetas nacionais e estrang
Inês Fonseca Santos II: "A arte não nos salva, mas é o mais próximo que temos disso. "
Na segunda parte da conversa com Inês Fonseca Santos, trazemos para a mesa poetas contemporâneos, e várias reflexões sobre o que se vai fazendo na poesia em Portugal.
O papel da arte e o tempo, este tempo tão acelerado em que vivemos, são outros dos vários temas abordados a partir das escolhas poéticas da nossa convidada.
Poemas segunda parte:
Luís Quintais, VII (Riscava a palavra dor no quadro negro)
Rita Taborda Duarte, Fechado para balanço
Tatiana Faia, Ganhar Balanço
Raquel Nobre Guerra, Fr
Inês Fonseca Santos I: "Não nos resta outra coisa senão tentar a aproximação possível, usar a palavra como uma sonda."
Ainda antes de começar a ler, ouvia as palavras dos autores lidas em voz alta pelos avós. A avó lia-lhe ficção, o avô poesia. Alguns dos versos da sua vida serão estes de Álvaro de Campos: Come chocolates, pequena/ Come chocolates! / Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates./
Precisamente, Inês Fonseca Santos, escritora e jornalista, é viciada em chocolates desde criança e o avô, que lhe lia o poema Tabacaria, também lhe dava chocolates às escondidas dos pais.
Licenciou-se em D
Gregório Duvivier: "Eu acredito que a poesia precisa estar onde o povo está."
Gregório Duvivier nasceu no Rio de Janeiro, em 1986. Actor de teatro e cinema, escritor, poeta, humorista, criador com outros amigos do fenómeno A Porta dos Fundos, licenciou-se em Letras, talvez por ser antes de qualquer coisa um enamorado das palavras e das suas possibilidades.
Esteve recentemente em Portugal, um país onde se sente em casa e sobre o qual já escreveu até poemas, para mais uma peça de teatro chamada O Céu da Língua.
Neste episódio, conversamos sobre alguns dos poemas de que mai
Leituras com Pedro Mexia:"O Herbert é um europeu de corpo e alma, não apenas pelas certezas mas também pelas dúvidas."
Nesta nova rubrica do podcast "O Poema Ensina a Cair", Raquel Marinho recebe Pedro Mexia uma vez por mês para conhecer e conversar sobre as suas sugestões de leitura.
Neste primeiro episódio conversamos sobre Fleur Jaeggy, autora suíça que escreve em italiano e sobre Zbigniew Herbert, poeta polaco.
Fleur Jaeggy (n. Julho 1940) tem 2 livros publicados em Portugal pela editora Alfaguara - Felizes Anos de Castigo e Viagem no Proleterka , ambos traduzidos por Ana Cláudia Santos.
A poesia de Zbignie
O Desembarque das Ondas, Antologia para Ingmar Bergman
Chama-se "O Desembarque das Ondas, Antologia para Ingmar Bergman", e é o resultado de um desafio da poeta Raquel Nobre Guerra a 72 autores portugueses para escreverem a partir da obra do cineasta sueco.
A edição é da Livraria Linha de Sombra, situada na Cinemateca Portuguesa, onde decorreu o lançamento em meados do passado mês de Dezembro; o prefácio de Luís Miguel Oliveira e o posfácio de Joana Matos Frias.
Estivemos lá. Conversámos com a antologiadora e alguns dos autores.
Júlio Resende (II):"Acho que uma das razões pelas quais faço música tem que ver com sentir que é a coisa que eu melhor faço para os outros."
Segunda parte da conversa com o músico e compositor Júlio Resende.
De Jorge de Sena a Mary Oliver, aproveitamos os poemas que escolheu para continuar a conversa sobre aquilo que o inquieta e o move, que tanto pode ser a poesia, como a ideia de servir os outros através da música.
Poemas Segunda parte
Jorge de Sena – nasceu-te um filho
Mary Oliver – O homem que tem muitas respostas
David Budbill – Os três objectivos
Bob King – Geologia
Júlio Resende (I):"Estudar música não é só tocar piano. A leitura faz muita música dentro de mim."
Júlio Resende tem 42 anos, é um dos pianistas e compositores portugueses mais conceituados e reconhecidos.
Nesta primeira parte do podcast, e à boleia dos poemas que trouxe, conta da sua relação precoce com a música e o futebol - os primeiros amores - mas também da importância que a filosofia e a leitura têm no seu processo de criação e composição.
Poemas primeira parte:
Gonçalo M. Tavares – As Panelas
Gonçalo M. Tavares – O Adultério
Alexander Search - Was it just a kiss? Was it more than t
José Tolentino Mendonça: "Para dizer o silencio de Deus talvez a poesia seja o radar, a sonda mais adequada."
José Tolentino Mendonça, poeta, sacerdote, professor universitário, teólogo, nasceu na Ilha da Madeira, em 1965, mas mudou-se para Angola quando tinha apenas 1 ano, onde viveu até aos 9. Já em Portugal, em 1976, entrou para o seminário pelos 11 anos de idade. Foi lá que tomou contacto
com os livros, através de duas bibliotecas enormes que lhe permitiram tornar-se um leitor omnívoro e, simultaneamente, um adolescente que se apropria do mundo através das leituras. Foi também no seminário, ainda n
José Luís Peixoto: "O primeiro texto que eu alguma vez publiquei foi um poema, também num espaço destinado a jovens, mas que existia no Jornal de Letras. Chamava-se Prova dos Novos. "
Episódio gravado ao vivo no Festival Utopia, em Braga.
José Luís Peixoto nasceu em Galveias, Alentejo, em 1974. Um lugar, o seu lugar, onde, como disse numa entrevista, “o céu é maior”; onde criou uma banda de música pesada com os amigos da adolescência chamada Hipocondríacos; onde começou a ler, os livros que o Sr. Dinis trazia mensalmente numa carrinha Citroen, que estacionava em frente à cooperativa, no terreiro da povoação.Aos 18 anos mudou-se para Lisboa, para estudar Línguas e Literaturas
Fernando Alves (II): "A poesia serve para fazer perguntas, para nos espantarmos. Serve para sentir o mundo, perceber o mundo para lá de compêndios onde tudo esteja muito arrumado."
Segunda parte da conversa com o jornalista, "tipo da rádio", Fernando Alves.
Os poemas são o chão de onde saímos para outros voos, onde nos cruzamos, por exemplo, com o verso de Manoel de Barros "poesia é voar fora da asa". E falamos desse voo da poesia, mas também, por exemplo, do voo da borboleta amarela do conto de Rubem Braga, ou do encontro de Fernando Alves com Agostinho da Silva num café, ou da casa onde viveu Sá de Miranda.
São muitos os apeadeiros por onde nos guia Fernando Alves, e mui
Fernando Alves lê Manuel António Pina
O jornalista Fernando Alves lê Manuel António Pina, um dos poetas que escolheu trazer para o podcast.
Fernando Alves (I):"Fui talvez o tipo que na rádio mais leu o Ruy belo. Às vezes até invento esta ideia: o Ruy Belo secretamente escreveu para uma rádio qualquer que existia na cabeça dele."
Habituámo-nos a ouvi-lo na rádio, todas as manhãs, reflectir sobre o mundo à nossa volta, o que vem e não vem nas notícias.
Fernando Alves, 70 aos, começou por escutar a
“magia da rádio” ainda adolescente no Rádio Clube de Benguela, em Angola. Já em Portugal, esteve mais de uma década na RDP - Antena 1, antes de ajudar a fundar a cooperativa de onde haveria de nascer a TSF. Aos
microfones dessa rádio, e ao longo de 35 anos, fez tudo menos relatos de futebol. É dele a frase “até ao fim da rua, a
Aline Bei lê Manoel de Barros
A escritora brasileira Aline Bei escolheu um poema de Manoel da Barros para a conversa no podcast. Quando conversamos sobre esta escolha, destaca o verso "perdoai mas eu preciso ser Outros".
Vê esta leitura tão bonita e escuta o episódio para saber por que razão gosta da poesia de Manoel de Barros.
Aline Bei:"Eu acho que o poema nos educa a tudo o que é nosso. O poema nos ensina a ser quem somos, sem a necessidade de uma metamorfose acelerada. "
Aline Bei nasceu em São Paulo, em 1987. É formada em letras
e em artes cénicas, foi actriz, e estreou-se na literatura em 2017 com o romance O Peso do Pássaro Morto, vencedor do prémio São Paulo de Literatura e do prémio Toca. O segundo livro, Pequena Coreografia do Adeus, foi finalista do
Prémio Jabuti. Ambos os romances têm ou terão adaptações para teatro e cinema, e isso não será alheio ao facto de a nossa convidada considerar que são três as forças a norteiam desde o início: a poesia, a dra
Carlos Fiolhais (II):"Temos de mudar de vida para manter a vida"
Na segunda parte da conversa com o físico Carlos Fiolhais, conversamos sobre 5 poemas e um livro, o Cosmos de Carl Sagan: "o Cosmos é um livro muito interessante e interessa a todos porque trata de tudo. O que é o universo, o cosmos? É tudo o que existe,
existiu e existirá."
Poemas:
Jorge de Sena – Homenagem a Francisco Sanches
Vitorino Nemésio –
ADN
Álvaro de Campos/ Fernando Pessoa – Ode Triunfal
Antero de Quental – Evolução
Luís de Camões - Canto V de Os Lusíadas (excerto)
Carlos Fiolhais (I):". Poesia e ciência são ambas dimensões humanas, são as duas actividades humanas."
Físico, professor, antigo director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, criador do Centro de Ciência Viva Rómulo e do Centro de Física Computacional da
Universidade de Coimbra, onde instalou o maior computador português para cálculo científico (Centopeia).
Carlos Fiolhais, 68 anos, nasceu em Lisboa, foi
baptizado no Mosteiro dos Jerónimos e em criança, porque cresceu no bairro da Ajuda, brincava no jardim da Praça do Império e na Rosa dos Ventos, já andava
ali a pisar o mundo todo.
Luísa Freire: "Escrever poesia é um recolhimento para fora."
Luísa Freire nasceu em Castelo Branco, em 1933. É licenciada em Filologia Germânica e mestre em Literaturas Comparadas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, a mesma onde integrou o Instituto de Estudos sobre o Modernismo, e onde investigou a obra pessoana,
sobretudo a poesia inglesa de Fernando Pessoa, que publicou e traduziu.
Publicou este ano Atravessar o Frio, o primeiro de 2 volumes de poesia inédita, pela Assírio & Alvim.
Considera que escrever poesia
Carlos Vaz Marques (II):"O Cesariny é uma figura que teve importância na minha imaginação, na relação com a poesia, ao ponto de eu ter tido um cão chamado Cesariny."
Segunda parte da conversa com Carlos Vaz Marques, jornalista, editor e tradutor.
Conversamos sobre alguns dos poemas de que mais gosta, e reflectimos sobre os que os poemas sugerem. Por exemplo, a ideia de cair ou não "verticalmente no vício" de que fala Mário Cesariny, ou a ideia de entrar ou não resignado "nessa noite tranquila", de que nos fala Dylan Thomas.
Para livro de não poesia, o nosso convidado escolheu o Livro do Desassossego, e até sugeriu uma espécie de jogo que cada um de nós pod
Carlos Vaz Marques (I): "A poesia está no início. Eu acho que a seguir aos livros de aventuras da infância, aquilo que me motivou durante mais tempo na adolescência foi descobrir poetas e poesia."
Carlos Vaz Marques, 60 anos, vem dizendo que ganha a vida a fazer perguntas, mas hoje em dia, além
de jornalista, é também editor e tradutor.
Estudou Línguas e Literaturas Modernas, foi professor durante 2 anos, trabalhou na Rádio universidade Tejo, no JL, no semanário O Jornal, e na TSF durante muitos
anos, rádio onde criou esse espaço de entrevistas chamado Pessoal e Transmissível, o programa de comentário cujo nome está impedido de dizer e que permanece até hoje, e um programa diário de suge
Mia Couto: "Eu não vejo a poesia como um género literário, acho que a poesia é uma forma de olhar o mundo, é uma sensibilidade, é uma forma de perder fronteira"
Escritor, poeta, filho de poeta, biólogo, um dos nomes
maiores da literatura escrita em português, Mia Couto acaba de lançar o livro A Cegueira do Rio, edição Caminho. Sobre o livro, deixou aos futuros leitores
esta mensagem escrita à mão numa livraria de Lisboa: “uma visita ao fim da escrita, esse lugar onde os rios já são fronteira e nos ensinam a sermos pontes
para chegar aos outros”, fim de citação.
Neste podcast conversamos sobre o novo romance, mas também sobre poesia , essa forma de per
Zeferino Coelho (II):"A poesia teve um papel muitíssimo importante na luta anti-fascista."
Segunda parte do podcast com Zeferino Coelho, lendário editor português, um dos fundadores da Caminho e editor de José Saramago, sobre quem conversamos longamente.
A luta anti-fascista é outro dos temas desta segunda parte, assim como a poesia como instrumento de resistência ao regime do Estado Novo. Por exemplo quando um poema de Alexandre O’ Neill dito por Mário Viegas num protesto de estudantes, fez os presentes ficarem no lugar em vez de fugirem à polícia, como queriam inicialmente.
Poemas
Zeferino Coelho (I): "A nossa hipótese de sobrevivermos ao quotidiano é através da poesia."
Foi o editor de José Saramago, o único Nobel português de Literatura, e ainda hoje tem orgulho quando se lhe referem assim. Zeferino Coelho, 79 anos, nasceu em Paredes, uma pequena vila do distrito do Porto, em
1945. Filho mais velho de 5 irmãos, foi criado pelo avô, o que terá contribuído para poder estudar e fazer um percurso escolar que o levaria primeiro a Guimarães e depois, no ano lectivo de 62-63, à recém-criada Faculdade de Letras da universidade do Porto, para tirar o curso de Filosofia
Dia Mundial do Professor - Leitura de poema de João Miguel Fernandes Jorge
No Dia Mundial do Professor, Raquel Marinho partilha a leitura de um poema de João Miguel Fernandes Jorge chamado "Durante um Exercício de Filosofia" publicado no livro Antologia dos Poemas, edição Relógio D´Água.
Milhanas (II): "A coisa que mais me comove é o silencio numa multidão, uma multidão em silencio."
Nesta segunda parte da conversa com Milhanas, continuamos a conversar sobre os poemas de que mais gosta e, mais uma vez, partimos da poesia para conversar sobre os temas que interessam, inquietam, preocupam mas também motivam e movem a nossa convidada.
Poemas:
Carlos Drummond de Andrade - Os ombros suportam o mundo
Carlos Drummond de Andrade - Congresso internacional do medo
Almeida Santos - Se tardas amor, não venhas
Natália dos Anjos - Rezando pedi por ti
Álvaro Duarte Simões - Barro divino
Milhanas (I): "A poesia transforma-se à medida que eu me transformo, e isso é quase uma atitude egoísta. É egoísta porque o meu amor pela poesia é sobre mim."
Chama-se Milhanas, tem 22 anos, e estreou-se na cena musical portuguesa em 2023 com o disco De Sombra a Sombra. A ligação à poesia, conta-nos, deve-se a uma professora de Literatura do secundário que lhe permitiu uma interpretação mais livre dos poemas, contrariando a análise teórica e pragmática que conhecia até essa altura.Desde a adolescência que leva a cabo uma espécie de diálogo com os poemas que vai lendo: quando gosta e se sente tocada pelas palavras de um poeta, escreve de volta em respo
Milhanas lê Maria do Rosário Pedreira
A cantora e compositora Milhanas é a próxima convidada do podcast "O Poema Ensina a Cair.
Maria do Rosário Pedreira é uma das suas escolhas.
Hoje, a partir das 20h.
Rosa Maria Martelo (II):"A Fiama descreve essa sensação de que é possível que a natureza nos aponte o nosso lugar e aquilo que somos, que nos diga o que somos."
Nesta segunda parte do podcast com a professora catedrática de Literatura Rosa Maria Martelo, continuamos a conversa sobre alguns dos poemas de que mais gosta, que incluem autores como Luiza Neto Jorge, Fiama Hasse Pais Brandão, Wallace Stevens, Mário Cesariny e Herberto Helder.
Conversamos também longamente sobre o livro Finisterra, de Carlos de Oliveira, autor sobre quem Rosa Maria Martelo fez a tese de doutoramento com a tese
Carlos de Oliveira e a Referência em Poesia.
Rosa Maria Martelo (I):"As pessoas que sabem como é que se produz sentido têm sentido crítico, e é muito mais difícil manipulá-las. Por isso é que as Humanidades são importantes."
Rosa Maria Martelo nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1957. É professora catedrática aposentada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e investigadora integrada do Instituto de Literatura Comparada Margarida
Losa. Doutorada em Literatura Portuguesa com a tese Carlos de Oliveira e a Referência em Poesia, tem-se debruçado particularmente sobre a Literatura
Portuguesa Moderna e Contemporânea, as Poéticas do Século XX e a Literatura Comparada, como domínios de investigação.
Neste podcast conv
Lena D'Água: "O meu pai trouxe a música à minha vida porque trazia discos quando ia com a Selecção. Trazia-me discos lá de fora, discos que não havia cá."
A voz dela acompanhou várias geraçõese marcou indelevelmente a história do rock português. Lena D’ Água, 68 anos, está, uma vez mais, de volta com o disco Tropical Glaciar, autoria de Pedro da Silva Martins, assim como o anterior Desalmadamente, de 2019.
Poemas:
Tu sabes- Lena D'Água
Paz poeta e pombas – Zeca Afonso
É ao mar que eu pertenço – José Fanha
O que a vida me deu – Fausto
Essa Mulher – Ana Terra
Eu não me entendo – José Luís Gordo
O Negócio (para Marc Chagall) – José Fanha
A
Poetas ao Domicílio - Maratona de Leitura da Sertã
Em 2023, a Maratona de Leitura da Sertã iniciou a actividade Poetas ao Domicílio, organizada pela Associação Cultural Casa de Gigante, de Miguel-Manso, e pel' O Poema Ensina a Cair, de Raquel Marinho.
Ao longo de 3 dias, 9 poetas visitaram vários domicílios, leram poesia, conversaram com quem os quis perto, escutaram histórias deste e doutro tempo.
Estiveram presentes André Tecedeiro, Francisca Camelo, João Paulo Esteves da Silva, Margarida Vale de Gato, Raquel Serejo Martins, Ricardo Mar
Maria Antónia Oliveira - Alexandre O' Neill, Uma Biografia Literária
Maria Antónia Oliveira, biógrafa, autora do livro Alexandre O' Neill, Uma Biografia Literária, segunda edição revista e aumentada, edição Assírio & Alvim, é a convidada de Raquel Marinho para uma conversa sobre a vida e a obra do poeta português que morreu neste dia, 21 de Agosto, em 1986. Nas palavras da biógrafa, O' Neill era fascinado pela banalidade e pelo lugar comum e não gostava de pessoas demasiado conscientes da sua importância. Sobre ele, Baptista Bastos disse "parecia um miúdo com um
Catarina Gomes - "Um Dedo Borrado de Tinta"
Catarina Gomes nasceu em Lisboa, em 1975. É autorade quatro livros de não-ficção e do romance Terrinhas, vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís. Foi jornalista do Público durante quase 20 anos, tendo recebido alguns dos prémios nacionais mais importantes da área, como o Gazeta. Foi duas vezes finalista do Prémio de Jornalismo Gabriel García Marquez e recebeu o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha. O seu mais recente livro chama-se “Um Dedo Borrado de Tinta – Histórias de q
Benjamim (II): "Comove-me a vitória de alguém, alguém conseguir fazer alguma coisa. É das coisas que mais me comove."
Segunda parte da entrevista a Benjamim, músico, compositor, cantautor e produtor musical.
Poemas segunda parte:
- Construção – Chico Buarque
- Moonlight Drive / Passeio ao Luar - Jim Morrison
- Testamento - Ana Luísa Amaral
- Uma vez quiseram-me louca a arder - Cláudia R. Sampaio
- Um caso - Inês Fonseca Santos
- Na hora de pôr a mesa - José Luís Peixoto
Livro além da poesia:
O Retorno, Dulce Maria Cardoso, edição Tinta da China
Benjamim (I): "A antropologia foi muito boa porque é uma janela para o mundo, é uma janela para analisar a sociedade. É uma maneira de olhar para o mundo."
Conhecemo-lo por Benjamim mas chama-se Luís Nunes. Cantautor, escritor de canções, produtor, compositor, músico multi-instrumentista, nasceu em Lisboa em
1986. Estudou Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, depois rumou a Londres para estudar Engenharia de Som, e foi lá que assinou os primeiros trabalho, em inglês, e como Walter
Benjamin.
De volta a Portugal instalou-se no Alentejo, construiu o estúdio que é hoje a sua principal ferramenta de trabalho, e
Eucanaã Ferraz (II):"Eu quero acreditar que nós pertencemos à raça daqueles que mergulham de olhos abertos na poesia, nesse idioma, para lá dentro descobrirmos esses corais."
Segunda parte do podcast com o poeta, professor universitário Eucanaã Ferraz.
Poemas:
Sophia de Mello Breyner Andresen, Coral
Manuel Bandeira, Consoada
Caetano veloso, Terra
Álvaro de Campos, Poema em Linha
Recta
António Cícero, Guardar
Livro: Clarice Lispector, Água Viva, edição Relógio D´Água
Eucanaã Ferraz (I):"Quando é preciso dizer algo, nada substitui a poesia porque ela vai directo lá, na linguagem, ela é um trabalho com a linguagem. Então, ninguém chega lá."
Eucanaã Ferraz nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. É poeta, professor de Literatura Brasileira na Faculdade de
Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro e consultor de literatura do Instituto Moreira Salles.
Os seus poemas, de 1990 a 2016, estão publicados em Portugal no livro Poesia, editora INCM. Em 2019, a Tinta-da-china, lançou Retratos com Erro, que recebeu o Prémio Oeiras de Poesia e, mais recentemente, no
final de 2023, o livro Raio.
Conheceu alguns dos nomes maiores da poesia port
Maria do Rosário Pedreira (II):"Essa autora (Marguerite Duras) foi a autora que me ensinou que se pode escrever de outra maneira."
Segunda parte do podcast com a poeta, editora, letrista, contista Maria do Rosário Pedreira.
Poemas:
Alexandre O´Neill – Gaivota
Ana Luísa Amaral – Passado
José Emílio Pacheco – Uma defesa do anonimato (tradução de António Cabrita)
José Carlos Barros – A Literatura
Livros:
Marguerite Duras, "O Amante" e "Uma Barragem Contra o Pacífico"
Maria do Rosário Pedreira (I):"Ler não é só ler. Ler é compreender."
Maria do Rosário Pedreira nasceu em Lisboa, em 1959. Escritora, poeta, editora, cronista, letrista, começou a escrever cedo, ainda criança, na escola primária, e para isso terá contribuído o facto de ter estudado numa escola cujo patrono era o poeta João de Deus, que incentivava os alunos, por exemplo, a fazer recitais de poesia no final do ano lectivo.
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - "não podia ir para mais lado nenhum, não sabi
Filipe Melo (II):"A poesia, tal como a música, tem essa capacidade de nos tirar do mundo real e concreto e de nos pôr em contacto com algo que é invisível."
Segunda parte do podcast com o músico, compositor, orquestrador, realizador de cinema, autor de banda desenhada Filipe Melo.
Poemas:
Rainer Maria Rilke, Sonetos a Orfeu
Herberto Helder, A manhã começa a bater no meu poema, "A Colher na Boca", edição Assírio & Alvim
António Variações, diz-me que solidão é essa que te põe a
falar sozinho
Ana Luísa Amaral, Dois Cavalos: Paisagem, Peixe, "Mundo", edição Assírio & Alvim
Yvette Centeno, Os jovens não pensam e dizem tudo;
Filipe Melo (I):"O silêncio é a melhor coisa que existe. O silêncio é o espaço, é a tela em branco, é a paz. A música só tem o valor que tem porque existe o silêncio."
O nosso convidado de hoje recebeu de presente o primeiro piano, um pianinho Casio, aos 12 anos, para conseguir enfrentar melhor a ansiedade e receio de uma cirurgia. Aos 15 anos foi detido por pirataria informática. Estudou jornalismo, mas, nas suas palavras, “não tinha vocação” e acabou por dedicar-se à música, de onde partiria para muitas outras artes.
Músico, compositor, orquestrador, realizador de cinema, autor de banda desenhada, os vários projectos de Filipe Melo movem inúmeras pessoas, m
André Tecedeiro (II):"As relações importantes e significativas não precisam de estar amarradas por alianças ou laços de sangue, porque o que une as pessoas não é isso."
Segunda parte do podcast com o poeta e artista plástico André Tecedeiro.
Poemas:
Antón Lopo, Disse-o à minha mãe um dia em que cheguei tarde, “Azul Monforte”
Manoel de Barros, A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei, "Poesia Reunida", edição Caminho
Judith Herzberg, Caixas, livro “O que resta do dia” , edição Cavalo de Ferro
Angélica Freitas, Eu durmo comigo, "Um útero é do tamanho de um punho", edição Douda Correria
José Gomes Ferreira, Devia morrer-se de
André Tecedeiro (I):"Eu sempre quis escrever mas nunca achei que isso fosse uma profissão possível."
André Tecedeiro nasceu em Santarém, em 1979. É poeta, artista plástico e dramaturgo. É licenciado em pintura, mestre em Artes Visuais, e tem um mestrado integrado em Psicologia. Entre outras publicações, é autor de A Axila de Egon Schiele, Porto Editora, 2020, um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
É trans, e activista pela visibilidade da diversidade de género.
Poemas primeira parte:
María do Cebreiro, Temos, como o leão, a boca cheia de sangue
Wislawa Szymborska, O Ódio
Kobaya
Katia Guerreiro (II): "Comovem-me os gestos de generosidade pura. As pessoas que se dedicam a causas que são fundamentais para o bom funcionamento da sociedade ou que salvam pessoas."
Segunda parte da entrevista a Katia Guerreiro.
Poemas:
Verão, Egídio Santos
Poema no Meio do Caminho, Carlos Drummond de Andrade
Felicidade, Clarice Lispector
Os Meus Versos, Florbela Espanca
Cais da Saudade, Pedro Pio
Tempo de Viver, Manuela de Freitas
Livro:
O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry
Tradução: Joana Morais Varela
Katia Guerreiro (I): "A verdade é que este poema (Quando, Sophia) transformou-me. Deixei de ter medo da morte."
Katia Guerreiro nasceu na África do Sul em 1976
mas mudou-se para a Ilha de São Miguel, nos Açores, anda bebé, aos 11 meses, e foi lá que iniciou o seu percurso musical em plena adolescência, a tocar Viola da Terra (instrumento tradicional do arquipélago) no Rancho Folclórico de Santa Cecília.
Rumou a Lisboa para estudar Medicina, mas inicialmente pensou ser médica veterinária, talvez por essa ligação aos animais do campo, com os quais cresceu, nesse lugar chamado Açores, que até hoje continua
Francisca Camelo (II): "Um poema não tem de ser autobiográfico para ser bom, mas tem de ser verdadeiro"
Segunda parte da conversa com a poeta e psicóloga clínica Francisca Camelo.
Francisca Camelo (I): "Poesia para mim sempre foi um exercício de fruição de liberdade"
Francisca Camelo nasceu no Porto em 1990: é poeta e diseuse.
Tem poemas espalhados em diversas antologias e revistas, sobretudo em Portugal e na América Latina, tendo sido traduzida em espanhol, grego, francês e alemão.
Os seus poemas podem também ser lidos na revistas Enfermaria 6, Pulsar, Tutano, Nervo e PRIMA (Portugal), Círculo de Poesía e Barca de Palabras (México), Palavra Comum (Galiza), Ruído Manifesto e Gueto (Brasil), entre outras.
Autora de “Cassiopeia” (Apuro Edições, 2018); “Ph
Direito de Resposta - poetas nascidos depois do 25 de Abril conversam com poetas do passado
Assinalamos os 50anos do 25 de Abril com uma conversa com Ricardo Marques sobre o livro "Direito de Resposta", Flan de Tal, 2024.
Poeta e tradutor, é de Ricardo Marques a selecção, prefácio e revisão deste livro editado pela Flan de Tal, com grafismo e paginação lina&nando, publicado no mês em que se assinalam os 50 anos da revolução.
No prefácio, que tem como título "TODO O POETA É PUNK", Ricardo Marques faz a pergunta: e se, de repente, pudéssemos responder com um poe
Luísa Sobral (II): “Gosto da ideia de ser outra pessoa, de ter outra vida dentro da minha”
Segunda parte do podcast com a cantautora e compositora Luísa Sobral.
Poemas:
José Régio, Cântico Negro
Márcia, Hoje apetece-me
ser eu mesma
Álvaro de Campos, Todas as
Cartas de Amor são Ridículas
Miguel Torga, Sísifo
José Luís Peixoto, O passado tem de provar constantemente que existiu
Livro – Jon Fosse, Manhã e Noite, tradução de Manuel Alberto Vieira, edição Cavalo de Ferro
Luísa Sobral (I): “Valsinha: Esta é a canção que eu mais gostava de ter escrito na minha vida.”
A nossa convidada de hoje escreve canções desde os 12 anos e a primeira canção que cantou sozinha “com um radiozinho pequeno” foi escrita por Carlos Tê e chama-se “Não Há Estrelas no Céu”.
Luísa Sobral nasceu a 18 de setembro de 1987. Cantautora e compositora, sempre quis ser cantora ou atriz (de teatro) e, para tentar chegar a esse objetivo (Luísa é dada a organizar e planear), além de participar num programa de talentos da televisão, tentou entrar no conservatório. Uma professora disse-lhe qu
Leonardo Gandolfi (II): "As coisas que me comovem são as transformações que me fazem encontrar pessoas, coisas, linguagem."
Segunda parte do podcast com Leonardo Gandolfi, poeta, crítico literário e professor universitário em São Paulo.
Poemas:
Não mais sob a árvore de Bô, de Enterrem meu coração no Ramelau (1982), Jorge Lauten;
A gleba me transfigura, de Vintém de cobre (1983), Cora Coralina;
Mulher VIII, Dizes-me coisas amargas como os frutos (2001), Paula Tavares;
Bibliotecas, Ilhéus (2013), Edson Cruz;
“O António Ramos Rosa estava deitado na cama”, de Poemas canhotos (2015), Herberto Helder.
Livro de não poesi
Leonardo Gandolfi (I): "Eu não escrevo em língua portuguesa, eu escrevo na língua Drummond"
Leonardo Gandolfi nasceu em 1981, no Rio de Janeiro, e mora em São Paulo desde 2013, onde trabalha como professor de Literatura Portuguesa na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
É autor, entre outros, de "Robinson Crusoé e seus amigos" (Editora 34, 2023, finalista do prêmio Jabuti de poesia). Organizou a antologia de Manuel António Pina "O coração pronto para o roubo" (Editora 34, 2018) e
publicou o ensaio "Manuel António Pina" (Eduerj, 2020), livro da coleção Ciranda de Poesia.
Manuel
Francisco Geraldes (II): "Ele (Charles Bukowski) diz que a poesia é o nosso último reduto de salvação, e eu concordo muito."
Segunda parte do podcast com Francisco Geraldes.
Poemas:
O poema - Herberto Helder
Negro Drama - Racionais
Máscaras de Orfeu, Napoleão Mira
In Memoriam, Ary dos Santos
Livro:
O Peso do Pássaro Morto, Aline Bei, edição Nos
Francisco Geraldes (I): "Quando ouço fado estou em casa, estando em minha casa ou em Abu Dhabi."
O nosso convidado de hoje é jogador de futebol, leitor, e autor de um livro de poesia. Francisco de Oliveira Geraldes nasceu em Lisboa a 18 de Abril de 1995, e é actualmente jogador no Joho, na Malásia. Formou-se no Sporting Clube de Portugal, onde esteve quase 18 anos, passou pelo Eintracht de Frankfurt , na Alemanha, e pelo AEK de Atenas, na Grécia. Regressou a Portugal para jogar como médio ofensivo do
Estoril Praia, de onde saiu há poucos meses para Abu Dhabi, e de lá para a Malásia.
Vem ao
Rodrigo Leão (II): "No Frágil, por acaso, conheci o Al Berto. Mas conheci também o Cesariny e o Herberto Helder."
Segunda parte do podcast com Rodrigo Leão.
Poemas:
Minha cabeça estremece com todo o esquecimento (Herberto Helder)
A Magnólia (Luísa Neto Jorge)
Vivamos- Dinis Muacho
Ode à Paz- Natália Correia
Escrevo-te- Lúcia Vicente
Livro: O Deserto dos Tártaros, Dino Buzzati, edição Cavalo de Ferro
Rodrigo Leão (I): "Comecei a ouvir poesia dita pelo Villaret em casa dos meus pais."
Rodrigo Leão nasceu em Lisboa, em 1964. É o mais velho de 4 irmãos, todos rapazes, com quem partilhou muitos verões da
infância e adolescência na Ericeira, numa casa perto do mar, comprada pelo avô materno, matemático. Foi lá, na Ericeira, que compôs as primeiras ideias para o que viria a ser a Sétima Legião, uma das bandas que nos levaram a conhecê-lo, a que se seguiu a Madredeus.
Hoje em dia, muitos anos depois desses dois projetos musicais, conhecemo-lo pela carreira a solo nacional e intern
Susana Moreira Marques (II): "O Daniel Faria levou-me a coisas completamente inesperadas. Se eu fosse crente achava que era qualquer coisa sobrenatural."
Segunda parte do podcast com a escritora e jornalista Susana Moreira Marques.
Poemas:
- Daniel Faria: “Repito que vivo enclausurado na agilidade de um animal nascido”, de Homens Que São Como Lugares Mal Situados
- Isabel Meyrelles: Livro do Tigre, poema XXV (em Poesia, Quasi Edições)
- Rosa Alice Branco: Concerto ao Vivo, poema que começa “Há uma menina antiga nos teus olhos”
- Mário Cesariny, Autografia
- Wilfred Owen, Cântico da Juventude Condenada
Livro:
Vínculos Ferozes, da Vivian Gor
Susana Moreira Marques (I): "A poesia tem essa capacidade de súmula e de ir ao âmago das coisas. "
Susana Moreira Marques, jornalista e escritora, nasceu em Agosto de 1976. Estudou Comunicação e Cinema, passou pela BBC, Público, Jornal de Negócios, Antena 1, e ganhou vários prémios, incluindo o Prémio de Jornalismo da UNESCO 'Direitos
Humanos e Integração”.
É autora de três livros de não ficção literária, o mais
recente “Lenços Pretos, Chapéus de Palha e Brincos de Ouro”, um relato de viagem que tem como guia “As Mulheres do meu país”, de Maria Lamas, escrito no final dos anos 40 do século p
Ana Paula Tavares (II): "Digamos que foi nestes Cantares de Salomão que eu encontrei muitas maneiras de falar do amor"
Segunda parte da conversa com a poeta, cronista e historiadora angolana Ana Paula Tavares.
Poemas:
Cantares de Salomão 5:2-8:14 (Nova Versão Internacional)
Adélia Prado - Com Licença Poética
Warsan Shire - Casa, tradução de Laura Assis
Ama Ata Aidoo - Para uma Saia de Seda ao Sol
Conceição Lima - O País de Akendenguê
Livro:
Chinua Achebe, Quando Tudo se Desmorona; Tradução: Eugénia Antunes e Paulo Rêgo, edição Mercado de Letras
Ana Paula Tavares (I): "Há dias em que há um poema que nos faz a vida"
Na poesia assina Paula Tavares, em tudo o que escreve que não sejam poemas conhecemo-la como Ana Paula Tavares. Poeta, cronista, historiadora angolana a viver em Portugal desde os anos 90, nasceu na província do Huíla, Sul de Angola, em 1952.
Licenciou-se em História, doutorou-se em antropologia da História pela Universidade Nova de Lisboa, tendo obtido o grau de Mestre em Literaturas Brasileiras e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade de Lisboa.
Publicou o primeiro livro
Isaque Ferreira (II): "A poesia é um transportador de vocabulário inacreditável"
Segunda parte da conversa com Isaque Ferreira, leitor de poesia, programador cultural e bibliófilo.
Poemas:
Álvaro de Campos – Tabacaria
Bernardo Soares – Cruz na porta da tabacaria
Filipa Leal – Hoje também os carros dançam
Alberto Pimenta – Carta a uma iniciante
Joaquim Castro Caldas – Dos poetas
Livro de não poesia: Leonora Carrington, O Leite dos Sonhos
Isaque Ferreira (I): "Realmente a minha moeda de câmbio é a poesia"
Isaque Ferreira nasceu no Porto em 1974. É leitor de poesia,
programador cultural e bibliófilo. Leitor habitual das Quintas de Leitura, no Porto, diz, na verdade, poesia em todo o lado e escutá-lo é um deleite, como terão oportunidade de confirmar nesta conversa.
Das suas experiências públicas de leitura e eventos que
organiza à volta das palavras dos poetas fazem parte locais como Famalicão, Paredes de Coura (onde programou o festival Realizar Poesia), Póvoa de Varzim, Matosinhos, Vila Nova de
Jorge Palma (II): "O Cohen é outro que é capaz de me comover"
Segunda parte do podcast com Jorge Palma, um dos maiores compositores e letristas portugueses.
Poemas:
Herberto Helder - conto de "Os Passos em Volta
Al Berto - Acordar Tarde
Lawrence Ferlinghetti - Os Elevadores de Lisboa (dedicado a Jorge Palma)
Sérgio Godinho - A Noite Passada
Natália correia - Queixa das Jovens Almas Censuradas
Jorge Palma (I): “A liberdade é um valor máximo para mim"
O nosso convidado de hoje é um dos maiores músicos portugueses. Letrista exímio, compositor multifacetado, um homem que aos 73 anos de idade continua a ver-se como um amador de música, que gosta simultaneamente de se divertir e – muito importante – de pensar.
Jorge Manuel de Abreu Palma nasceu a 4 de junho de 1950. Começou a estudar piano aos 6 anos, ao mesmo tempo que aprendia a ler e a escrever. Dos clássicos Bach, Mozart ou Beethoven, passa para outros ambientes musicais e horizontes quando,
O Poema Ensina a Cair em 2023
Neste episódio de balanço do ano de 2023, recupero algumas
das respostas e leituras de poesia dos convidados.
Uma pergunta que costumo fazer-lhes, sabendo tratar-se de
algo que não terá resposta, prende-se com a utilidade da poesia.
Os convidados deste ano, que escolheram 10 poemas de que gostam muito para a conversa comigo são:
Pedro Cabrita Reis, Tó Trips, Lídia Jorge, Tatiana Faia, Rui Zink, Maria João, Frei Bento Domingues, Carminho, Guilhermina Gomes, Manel Cruz, Rafael Gallo, Nuno Costa
Carlos Ascenso André - “A literatura é uma forma de combater”
Carlos Ascenso André - "A literatura é uma forma de combater"
Professor, poeta, ensaísta e tradutor, Carlos Ascenso André
nasceu em Monte Real – Leiria, em 1953. Foi professor de línguas e literaturas clássicas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se doutorou em 1990 em Literatura Latina.
Tem uma longa carreira dedicada ao estudo e à tradução de literatura latina – seja a da época clássica (Cícero, Virgílio, Ovídio, Séneca), seja a do Renascimento e dos estudos camonianos.
É
A Festa Acabou - 91 Haikus Finais
"A Festa Acabou - 91 Haikus Finais" chegou às livrarias há pouco tempo. Trata-se de um livro de haikus, escritos por monges e poetas japoneses nas imediações da morte. É um projecto do poeta e tradutor Ricardo Marques, convidado deste podcast para nos falar do livro, mas também da "impossível" e sempre inacabada tarefa de traduzir os poemas dos autores de que mais gosta.
Ricardo Marques nasceu em 1983. Vem traduzindo vários autores a partir do inglês, onde se incluem, por ex
Filipe Raposo
Filipe Raposo é pianista, compositor e orquestrador. Iniciou
os seus estudos de piano no Conservatório Nacional de Lisboa, e fez depois o mestrado em Piano Jazz Performance no Royal College of Music, em Estocolmo, e foi bolseiro da Royal Music Academy of Stockholm. É licenciado em Composição pela
Escola Superior de Música de Lisboa.
Colabora regularmente como compositor em Cinema e Teatro. Fez, por exemplo, a música original do documentário “um corpo que dança – ballet Gulbenkian 1965-2005” de M
Ana Rita Bessa
Ana Rita Bessa nasceu a 27 de agosto de 1973. É economista de formação, mãe de 3 filhos e católica. O seu percurso profissional inclui mais de 25 anos em empresas mas terá sido a passagem pelo parlamento, no grupo parlamentar do CDS a convite de
Paulo Portas, que lhe deu maior visibilidade pública.
É atualmente CEO do grupo Leya, empresa onde trabalhou antes de experimentar a política, na área da educação. Disse, em entrevistas anteriores, que mais do que uma paixão a educação é uma inquietação
João Concha
João Concha nasceu em Évora, em 1980, e vive em Lisboa desde os dezoito anos.
Licenciou-se em Arquitectura, estudou artes visuais e ilustração. A prática do desenho e da pintura começou, na verdade, antes dos 10 anos, ainda na sua cidade natal, onde todas as semanas aprendia com a pintora e professora Teodolinda Pascoal. Para si, o desenho é, também, observação e respiração.
Enquanto ilustrador colaborou regularmente com fanzines, periódicos e várias editoras.
Tem exposto individual e colectiva
Miguel Guilherme "cada poema é um mundo em si"
Miguel Guilherme nasceu em Lisboa, em 1958. Conhecemo-lo do teatro, cinema e televisão há muitos anos.
Actor e encenador começou, no entanto, por estudar antropologia, antes de experimentar a representação no Teatro na Comuna para nunca mais a deixar. Anos mais tarde, voltaria a tentar estudar História de Arte porque, acredita que “a história é a
ciência humana mais viva que existe”.
A sua relação com a poesia não é constante. Confessa, aliás, que tem muita coisa para descobrir, mas começou pr
Rita Taborda Duarte
Rita Taborda Duarte nasceu em Lisboa, em 1973. Estreou-se na poesia em 1998 com “Poética Breve”, publicado na Black Sun Editores, mas começou a escrever poemas muito cedo, a escrever e a decorar. Licenciada em Línguas e Literaturas
Modernas, com um mestrado em Teoria da Literatura, é docente na Escola Superior de Comunicação Social.
Poeta, crítica e professora, já este ano publicou a poesia reunida
na Imprensa Nacional com um volume chamado Não Desfazendo, mas tem também um longo percurso na l
Alice Sant´Anna, Inês Campos, Leonardo Gandolfi, Mar Becker, Marília Garcia, Natália Agra, Michaela Schmaedel, Salma Soria e Tarso de Melo
Nesta emissão do podcast viajamos até a São Paulo, Brasil,
para conhecer melhor 9 poetas brasileiros contemporâneos: Alice Sant´Anna, Inês Campos, Leonardo Gandolfi, Mar Becker, Marília Garcia, Natália Agra, Michaela Schmaedel, Salma Soria e Tarso de Melo.
As breves entrevistas que se seguem foram realizadas no
âmbito de uma leitura conjunta de poesia brasileira e portuguesa, num espaço chamado A Casinha dos Círculos de Leitura, em São Paulo. Foi lá que nos encontrámos e nos conhecemos pessoalm
Miguel Martins
Miguel Martins nasceu em Lisboa, em 1969. O primeiro poema
publicado apareceu em 1991, num jornal da Ilha Terceira que já não existe chamado “A União”. Para essa primeira publicação contribuiu o poeta Emanuel Félix, uma das escolhas que nos traz hoje.
O primeiro livro de poesia, uma plaquete chamada “Seis Poemas para uma Morte”, chega 4 anos depois, em 1995, e, desde então, não parou de publicar e de traduzir, assim como de se envolver em muitos projectos relacionados com a poesia, mas também a
Juan Gabriel Vásquez
Juan Gabriel Vásquez nasceu em Bogotá, Colômbia, em 1973. Estudou Literatura na Sorbonne, em Paris e fez de Barcelona a sua casa por mais de uma década.
Os seus livros estão publicados em 30 idiomas e mais de 40 países, com extraordinário êxito da crítica e do público. Venceu por duas vezes o Premio Nacional de Periodismo Simón Bolívar pelo seu trabalho jornalístico. No ano de 2012 foi-lhe atribuído em Paris o prémio Roger Caillois pelo conjunto da sua obra, prémio anteriormente consagrado a au
João Taborda da Gama
João Taborda da Gama nasceu a 18 de fevereiro de 1977. Sócio fundador de uma sociedade de advogados, advogado especializado no direito das substâncias controladas, professor de direito fiscal na Universidade Católica Portuguesa, comentador político. Foi consultor do Presidente da República e Secretário de Estado da Administração Local.
É filho único e pai de 6 filhos. Crente, não sabemos se praticante, converteu-se ao catolicismo já adulto, depois de ler uma bíblia em inglês que havia em casa do
Luís Filipe Castro Mendes
Luís Filipe Castro Mendes nasceu em Idanha-a-Nova, em 1950. Devido à profissão do pai, que era juiz, passou a infância e a adolescência a saltar de lugar e por isso viveu em Idanha-a-Nova, Angra do Heroísmo, Lisboa, Ilha de S. Jorge, Redondo, Chaves e Leiria. Entre 1965 e 1967, portanto, entre os 15 e os 17 anos, foi colaborador do jornal Diário
de Lisboa-Juvenil. Poderíamos pensar que estudaria jornalismo ou
literatura, mas acabaria por se licenciar em Direito, na Faculdade de Direito da Univer
Ana Vidigal
Ana Vidigal nasceu em Lisboa, em 1960. Formou-se em Pintura na Escola Superior de Belas Artes e foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian.É conhecida a sua propensão para o arquivo de tudo o que possa ser útil para o trabalho, mas também, eventualmente, para a memória – a pessoal e familiar e a da história. Papéis, cartas, tecidos, fotografias, filmes, desenhos infantis, e mais e mais. Expôs dezenas de vezes individual e colectivamente, e usou tanto frases suas como de outras pessoas para dar
Nuno Costa Santos
Nuno Costa Santos nasceu em 1974 e é escritor e argumentista. Cresceu nos Açores, de onde saiu aos 18 anos, para regressar aos 45 "como um marinheiro que volta a casa", podemos dizer agora que acabámos de ler o seu mais recente livro.
Tem trabalhado em vários géneros: romance, poesia, biografia, crónica e peças de teatro. No audiovisual, fez parte da equipa de programas como “Zapping” ou “Os Contemporâneos”, participou, como argumentista, no filme "Discos Perdidos" e nos doc
Rafael Gallo
Rafael Gallo nasceu em São Paulo, no Brasil, em 1981. Começou por desejar ser desenhador. Na adolescência decidiu por outro caminho e formou-se em música pela Universidade Estadual de São Paulo, fez um mestrado em meios e processos audiovisuais, e estudos na área de música para cinema. A dada
altura, por volta dos 30 anos, abandonou a carreira musical para se dedicar à escrita. Esta opção acabaria por se revelar difícil de manter sem apoios e, por
essa razão, para conseguir pagar as contas, viu-
Manel Cruz
Manel Cruz nasceu em 1974, em São João da Madeira. Conhecemo-lo devido aos vários projetos musicais que abraçou e fundou, mas a veia artística do nosso convidado começou por manifestar-se através do desenho, e muito prematuramente. Explica que em casa sempre se valorizou e priorizou a importância da arte, e foi isso que lhe permitiu encarar o desenho como uma extensão da sua vida durante muito tempo, de tal modo que não se lembra de não desenhar. Foi assim até arriscar outra forma de expressão a
Guilhermina Gomes
A nossa convidada de hoje é a editora Guilhermina Gomes, nome que associamos desde logo à edição do Círculo de Leitores, mas também ao catálogo da Temas e Debates. História, ensaio, literatura tradicional, ciência, política, filosofia, neurociência, psicologia ou arte, são alguns dos temas a que se vem dedicando ao longo de quase 40 anos, na esperança de que os livros que publica acabem por encontrar os seus leitores.
A condição de leitora será, nas suas palavras, a sua parte mais importante, e
Carminho
Conhecemo-la por Carminho mas chama-se Maria do Carmo Rebelo de Andrade, e nasceu em 1984. Logo aos 2 anos de idade, e segundo as suas palavras, começou a falar e a cantar. Filha da conceituada fadista Teresa Siqueira, cresceu entre canções e guitarras, noites de fado em casa a que podia assistir de pijama e ao colo do pai, e até se estreou a cantar em público aos 12 anos no Coliseu dos Recreios, mas a primeira vez que escolheu o que queria
ser quando fosse grande decidiu ir estudar marketing e
Frei Bento Domingues
Chama-se Basílio de Jesus Gonçalves Domingues, nasceu em 1934 em Travassos, Terras do Bouro, mas em 1953 tomou o nome de Frei Bento Domingues, quando entrou para Ordem dos Pregadores ou frades dominicanos. Estudou Filosofia em Fátima e Teologia em Salamanca, Toulouse e Roma. Na infância fazia sermões às ovelhas com quem partilhava os montes e o eco dos penedos. Disse em entrevistas anteriores que viveu sempre no espanto, e é muito bonita e poética uma pergunta que já fazia nos primeiros anos de
A. M. Pires Cabral
António Manuel Pires Cabral nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, em 1941. Foi lá que fez a instrução primária, para depois frequentar em Coimbra o curso complementar dos liceus e, de seguida, a Faculdade de Letras, onde se licenciou em Filologia Germânica.
Foi professor em Macedo de Cavaleiros, Bragança, Porto, Torre de Moncorvo, mas viria a mudar-se para Vila Real depois da revolução de 1974, e foi essa a cidade onde ficou até hoje, e onde estamos hoje. Fala de Vila Real de Trás os Montes co
Maria João
Conhecemo-la pelos dois nomes próprios, Maria João. Chama-se Maria João Monteiro Grancha, nasceu em Lisboa, em 1956. É filha de pai português e mãe moçambicana. Da primeira infância guarda recortes de África, onde passava as férias, e as alcunhas da escola, pelo facto de ser “gordinha”, ter cabelo encrespado, e de usar óculos. Uma das alcunhas era Gungunhana, e defendia-se dessas agressões com o corpo – “um murro aqui um pontapé ali”.
A resistência da infância aos abusos verbais dos colegas deu
Leituras: Diego Doncel
Leitura de um poema de Diego Doncel por Raquel Marinho.
Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Em Nenhum Paraíso, tradução e introdução de Joaquim Manuel Magalhães, edição Averno
Rui Zink
Rui Zink nasceu em Lisboa, em 1961, e cresceu na zona do Martim Moniz. Foi a partir dali que começou a conhecer o mundo e disse numa entrevista que os locais são as nossas âncoras e que, portanto, uma das suas ancoras está associada ao início do país. Conhecemo-lo sobretudo como escritor, mas é muitas outras coisas: professor universitário, dramaturgo, comentador, colaborador de jornais e revistas, argumentista de BD – escreveu, de resto, a primeira tese de doutoramento sobre Banda Desenhada em
Tatiana Faia
Tatiana Faia nasceu a 30 de Junho de 1986, e vive e trabalha em Oxford há uma década. É autora de um livro de contos e 5 de poesia. O mais recente, Adriano, edição Não Edições.
Classicista por opção e, arriscaria eu dizer, também paixão, é doutorada em Literatura Grega Antiga com uma tese sobre a Ilíada de Homero. Ensinou literatura lusófona na Universidade de Cambridge e, intermitentemente, estudou teatro grego e Kavafis em Atenas.
A tradução é outra das suas ocupações – de resto, teve a gentil
Lídia Jorge
Lídia Jorge nasceu em Junho de 1946, em Boliqueime. Cresceu numa casa onde as pessoas gostavam de ler e de contar histórias em família: ambos os exemplos terão contribuído para se tornar escritora.
Licenciou-se em Filologia Românica, um curso superior apenas possível devido a uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Nas palavras de Lídia, esta oportunidade foi tão importante que construiu a sua vida.
Estreou-se a publicar em 1980 com o romance “O Dia dos Prodígios”, já depois de regressa
Tó Trips
Conhecemo-lo por Tó Trips, mas chama-se António Manuel Antunes. Nasceu em Lisboa, em 1966, e passou a infância entre o bairro de Benfica, em Lisboa, e a Covilhã, terra da mãe, local eleito para as férias grandes. O primeiro contacto com a guitarra foi lá, quando experimentou sacar as notas de Smoke on the Water, dos Deep Purple, de uma guitarra emprestada por um tio. Depois, pela adolescência, começou a frequentar o Rock Rendez-Vous e o Johnny Guitar. Disse numa entrevista que foi para a música
Pedro Cabrita Reis
Pedro Cabrita Reis nasceu em Lisboa, em 1956, cresceu em Lisboa, no bairro de Campo de Ourique, mas renasceu no Algarve, na serra que escolheu para as pausas da vida em Lisboa, e onde quer ficar quando morrer, debaixo de uma alfarrobeira e junto ao seu primeiro cão.
Artista total, com reconhecimento nacional e internacional, vê-se como um construtor – disse numa conferência que a espinha dorsal ou o território do seu trabalho está preso ao acto da construção -, e, por isso, alguém que reivindica
Aldina Duarte
Aldina Duarte nasceu em Lisboa, em 1967. Quando era pequena, durante um período de tempo, quis ser escritora. Leitora precoce, começou por acreditar que o que lia nos livros era tudo verdade e existia, até descobrir que havia uma coisa chamada imaginação, e foi dessa revelação que nasceu a vontade de escrever. Cito-a numa entrevista já antiga: “Foi a única profissão que quis ter; se afinal se pode inventar o mundo e a vida como queremos…”.
Foi residente durante 25 anos numa das mais reconhecidas
Vasco Gato
Vasco Gato nasceu em 1978 e lançou o primeiro livro de poesia no ano 2000, na Assírio & Alvim. Publicou, desde então, mais de 20 títulos, a maioria de poesia, mas também um romance, um texto para teatro, um poema integrado num objecto fílmico e um texto para um espectáculo multidisciplinar. Quase tão precoce como a estreia na poesia, é a actividade de tradução, do inglês, mas também do espanhol e italiano. Desde 2002 e até agora, traduziu mais de 35 títulos, onde encontramos, por exemplo, Javier
Ricardo Ribeiro
Ricardo Ribeiro nasceu na maternidade Alfredo da Costa em Lisboa, em Agosto de 1981, mas considera que realmente nasceu no bairro onde disse a primeira palavra, o bairro da Ajuda. Era nesse bairro que procurava as tabernas para escutar o que os velhos diziam, e foi também lá que se estreou a cantar ao vivo, no Grupo Desportivo "A Académica da Ajuda", quando tinha apenas 12 anos. Das colectividades para as casas de fado, das casas de fado para os discos e para um reconhecimento que assenta no fad
Ondjaki
O nosso convidado de hoje define-se como prosador, às vezes poeta. Conhecemo-lo há muitos anos pelo nome de Ondjaki, que significa “aquele que enfrenta desafios” ou “guerreiro” na língua umbundo, mas o nome que lhe deram à nascença é Ndalu de Almeida. Nasceu em Angola, Luanda, em 1977, numa família de contadores de histórias. É licenciado em Sociologia e doutorado em Estudos Africanos, membro da União dos Escritores Angolanos, e publicou o primeiro livro "Actu Sanguineu" aos 23 anos.
A sua obra
Mário Laginha
Mário Laginha nasceu em Lisboa, em 1960. Pianista, compositor, curioso praticante de vários ambientes musicais onde o jazz ocupa um lugar de destaque mas onde cabe também a música clássica, o cinema e o teatro, recebeu um piano de presente quando tinha apenas 5 anos, mas foi mais tarde, por volta dos 18 anos, que decidiu dedicar-se a sério ao estudo do instrumento. Aconteceu-lhe uma espécie de epifania quando viu, numa televisão ainda a preto e branco, um concerto a solo de Keith Jarrett. Disse
Inês Lourenço
Inês Lourenço nasceu em casa, na freguesia portuense de Santo Ildefonso, Porto, em 1942. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade do Porto, curso que só terminou depois de casar e de ter sido mãe, referiu em entrevistas anteriores que gosta de escrever desde criança – já na escola primária se destacava quando se recitavam poemas ou faziam composições –, mas que não tinha necessariamente o sonho de ser escritora. Tinha, sim, e são estas palavras suas, uma coisa “quase biológ
Salvador Sobral
Salvador Sobral nasceu em Lisboa, a 28 de Dezembro de 1989. Inscreveu-se no curso de Psicologia porque gosta de pessoas e queria tentar percebê-las. A motivação para a música está perto desta: tocar os outros. De resto, música e psicologia acabaram por se cruzar quando, no terceiro ano do curso e a fazer Erasmus em Maiorca, apresentou um trabalho sobre uma canção de Bob Dylan – Blowing in the wind – para a cadeira de psicologia da arte. Foi esse cruzamento que o fez passar na cadeira. Ainda em M
Fernando Cabral Martins
Fernando Cabral Martins nasceu em Mangualde a 4 de Fevereiro de 1950. Ficcionista, ensaísta e crítico, é doutorado em Literatura Portuguesa com uma tese sobre Mário de Sá-Carneiro. Professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tem colaboração literária dispersa, quer de ensaio quer de ficção, desde 1965. Foi crítico de cinema em jornais e revistas entre 1972 e 1994, é colaborador de livros sobre cinema português, e mantém o blogue “Havemos de ir ao Cinema”
Fernando Ribeiro
Fernando Ribeiro nasceu em 1974, na Brandoa, bairro da Amadora, cenário que viria a servir de cenário para um romance publicado no ano passado chamado "Bairro sem Saída". Estudou filosofia e, se não tivesse feito carreira na música, gostaria de ter sido professor de filosofia do ensino secundário. Leitor precoce, direciona o gosto da escrita para as letras das canções dos Moonspell, banda que completa 30 anos este ano, mas também para os livros que vai publicando, onde se inclui a poesia e os co
Daniel Sampaio
Daniel Sampaio nasceu em Lisboa a 8 de setembro de 1946. Viveu em Sintra até aos 15 anos, numa casa que lhe permitia essa liberdade de brincar todos os dias no jardim. Foi educado segundo um princípio do pai, Arnaldo Sampaio, conhecido médico da região: liberdade e responsabilidade. O mesmo pai que foi Director Geral de Saúde, que concebeu o Plano Nacional de Vacinação, e que contribuiu para a criação dos Centros de Saúde.
Aos 16 anos, a família, que também integrava a mãe Fernanda Bensaúde Bran
Catarina Furtado
Catarina Furtado nasceu em Lisboa a 25 de Agosto de 1972. Cresceu em Campo de Ourique e no Bairro Alto. Destes dois lugares iniciais para a sua formação, recorda simultaneamente o gelado de banana e leite comprado no Jardim da Parada com uma moedinha dada pelos pais para o efeito, e a solidão dos mais velhos nesse mesmo jardim. Também as corridas de caricas ou os jogos de futebol improvisados nas ruas do Bairro Alto, as mesmas ruas onde viu, sem compreender, as prostitutas serem levadas e até ag
Richard Zenith (Pessoa - Uma Biografia)
Richard Zenith nasceu em Washington, Estados Unidos da América, em Fevereiro de 1956. Licenciou-se em Letras na Universidade da Virgínia, e viveu em vários países antes de se radicar em Portugal, em 1987. Veio para traduzir as cantigas de amigo, amor, escárnio e maldizer portuguesas, mas acabou por entrar no universo pessoano e deixar-se ficar.
É escritor, tradutor, investigador, e um dos mais destacados especialistas em Fernando Pessoa, em Portugal e no mundo. Organizador do “Livro do Desassos
Nara Vidal - "EVA"
Nara Vidal é escritora, tradutora, professora e editora brasileira, de Minas Gerais. É formada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e tem um mestrado em artes e herança cultural pela London Met University. Foi vencedora do Prémio Oceanos com o romance “Sorte”, e finalista do Prémio Jabuti com o livro de contos "Mapas para Desaparecer”. É colaboradora de várias publicações. Vive há duas décadas em Inglaterra, para onde se mudou por causa do enorme fraquinho que tem por William S
Pedro Mexia
Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Conhecemo-lo devido aos muitos ofícios vem ocupando no espaço público ao longo dos últimos anos, mas gosta de dizer que é, antes de mais, um leitor. E um leitor que se formou, em grande parte, na livraria Buchholz da Duque de Palmela, em Lisboa, a primeira e única livraria com quem teve uma relação afectiva, e onde passou tardes inteiras no início da idade adulta, a construir uma biblioteca, ao mesmo tempo que estudava direito na Universidade Católica, prof
Simone de Oliveira
Para falarmos da nossa convidada de hoje podemos começar por usar as suas palavras: "Eu chamo-me Simone e canto cantigas… os prémios, as condecorações, fico profundamente grata mas continuo a chamar-me Simone e a cantar cantigas”. De facto, basta-nos o nome próprio Simone para sabermos que estamos a falar de Simone de Oliveira. Este reconhecimento imediato deve-se a um percurso profissional de 65 anos, celebrados recentemente num último espectáculo no coliseu de Lisboa, onde cabem as cantigas,
Tiago Bettencourt
Tiago Bettencourt nasceu em Coimbra, em 1979. Ainda pequeno, em casa dos pais, cantava Nirvana aos gritos, mas antes de decidir que seria cantor e compositor quis ser arquitecto. Estudou arquitectura até ao último ano do curso, altura em que formou uma banda. O sucesso foi tanto que lhe desviou o caminho. Por causa da música deixou também de fazer Erasmus e será talvez por isso que gosta tanto de viajar. Disse numa entrevista "sempre que tenho tempo, gosto de fazer aquelas viagens low cost e de
Reconstituição Portuguesa - Um livro que transforma um símbolo do fascismo em poemas de liberdade
Chama-se Reconstituição Portuguesa e é um livro que usa a censura do Lápis Azul sobre a Constituição fascista de 1933 para criar um manifesto de liberdade. Uma ideia de Viton Araújo e Diego Tórgo, desenvolvida por um colectivo de poetas e ilustradores a partir da técnica de blackout poetry, com edição Companhia das Letras.
Participam neste exercício, que será lançado no dia em que se celebram 48 anos do 25 de Abril, Ana Moreira, André Tecedeiro, António Jorge Gonçalves, Bernardo Abreu, Caró Lag
Luís Osório
Luís Osório começou no jornalismo ainda jovem adulto, pelo semanário "O Jornal", que viria a dar origem à Revista Visão, e onde conheceu de perto, por exemplo, Fernando Assis Pacheco. Já nessa altura seria tímido, característica que mantém até hoje, e que determinou a escrita como “o único caminho possível. O único caminho onde estava confortável" consigo próprio, mas a verdade é que percorreu muitos outros.
Jornalista, encenador, escritor, autor de teatro, director de projectos jornalísticos na
Maria José Morgado
Maria José Morgado nasceu em Angola, em 1951. Veio para Portugal aos 6 anos, para Trás-os-Montes e, logo nessa primeira infância, deu de frente com uma pobreza generalizada em que, por exemplo, as crianças iam para a escola descalças em pleno inverno. Acredita que estará aí a origem da sua militância político-partidária futura - uma motivação grande para acabar com a pobreza. Estudou direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde conheceu José Luís Saldanha Sanches, com quem vi
Correntes D`Escritas
A 23ª edição das Correntes D`Escritas, Festival Literário na Póvoa de Varzim, decorreu este ano entre os dias 22 e 26 de Fevereiro. Ao longo dos 5 dias, passaram pelos vários espaços do Festival mais de 60 oradores. As 9 mesas de debate tiveram como ponto de partida títulos de músicas, e passaram por lá, como costuma acontecer, autores nacionais e estrangeiros. Além dos temas em debate, houve também lugar a 30 lançamentos de livros inéditos, 4 exposições, assim como sessões com os autores nas fr
Joel Neto
Joel Neto nasceu na ilha Terceira, nos Açores, e mudou-se para Lisboa aos 18 anos, para estudar Relações Internacionais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Foi jornalista, repórter, editor, e chefe de redacção em vários jornais e revistas, mas em 2012 regressou à ilha natal, ao lugar de Dois Caminhos na freguesia de Terra Chã, para se dedicar à literatura. A ideia era ficar 4 ou 5 anos, mas não saiu mais. Se olharmos para os livros publicados desde então assim como o reconheci
Leituras: Raymond Carver
Leitura de um poema de Raymond Carver por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Trocando Dólares por Cêntimos (Alguma Poesia Norte-Americana), versões de Luís Filipe Parrado, edição Contracapa
Leituras: Alejandra Pizarnik
Leitura de um poema de Alejandra Pizarnik por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Alejandra Pizarnik, Antologia Poética, tradução de Fernando Pinto do Amaral, edição Tinta da China
Leituras: António José Fernandes
Leitura de um poema de António José Fernandes por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Ainda Não é Tarde e Outros Poemas, edição Medula
Leituras: Luís Filipe Parrado
Leitura de um poema de Luís Filipe Parrado por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteve da Silva.
Livro: Casa, edição Do Lado Esquerdo
Leituras: Patrizia Cavalli
Leitura de um poema de Patrizia Cavalli por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Um Pouco do Meu Sangue (Antologia de Poesia Italiana), selecção e tradução de João Coles, edição Contracapa
Leituras: Rui Knopfli
Leitura de um poema de Rui Knopfli por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Uso Particular, edição Do Lado Esquerdo
Leituras: Pier Paolo Pasolini
Leitura de um poema de Pier Paolo Pasolini por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Um Pouco do Meu Sangue (Antologia de Poesia Italiana), selecção e tradução de João Coles, edição Contracapa
Leituras: Pablo García Casado
Leitura de um poema de Pablo García Casado por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Faróis Acesos à Procura do Oceano, tradução de Maria Sousa, edição Do Lado Esquerdo.
Leituras: Hannes Pétursson
Leitura de um poema de Hannes Pétursson por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Pelos Nossos Corações Passa a Linha de Fogo (Antologia de poesia Islandesa), poemas vertidos para português por Amadeu Baptista, edição Contracapa
Leituras: Otavio Paz
Leitura de um texto de Otavio Paz por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Areias Movediças - Águia ou Sol, tradução de Liliana Verças e Ricardo Ribeiro, edição Sr. Teste
Leturas: Gregory Corso
Leitura de um poema de Gregory Corso por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Gasolina, tradução de Hugo Pinto dos Santos, edição Barco Bêbado
Leituras: Carlos Drummond de Andrade
Leitura de um poema de Carlos Drummond de Andrade por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Carlos Drummond de Andrade, Antologia Poética, edição D. Quixote
Leituras: José de Almada Negreiros
Leitura de um texto de José de Almada Negreiros por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: A Invenção do Dia Claro, edição Assírio & Alvim.
Leituras: Margarida Vale de Gato
Leitura de um poema de Margarida Vale de Gato por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Atirar Para o Torto, edição Tinta da China
Leituras: Fernando Pessoa (Ortónimo)
Leitura de um poema de Fernando Pessoa por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Fernando Pessoa, Poesias - Ortónimo, edição Porto Editora
Leituras: Ron Padgett
Leitura de um poema de Ron Padgett por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Ron Padgett, Poemas Escolhidos, tradução de Rosalina Marshall, edição Assírio & Alvim
ANA BACALHAU
Ana Bacalhau nasceu em 1978. Quando era criança, acalentava o sonho de vir a tornar-se professora de Português e Inglês, e fez formação superior nessa área. Tirou o curso de Línguas e Literaturas Modernas, na vertente de língua portuguesa e língua inglesa, além de uma pós-graduação em ciências documentais.
Terá sido essa uma das portas para a profissão de arquivista, profissão que viria a abandonar para se dedicar profissionalmente à banda Deolinda. Mas a Deolinda, projeto que levou Ana Bacalhau
Leituras: Manoel de Barros
Leitura de um poema de Manoel de Barros por Raquel Marinh. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: O Livro das Ignorãças, edição Record
Leituras: Henri Michaux
Leitura de um poema de Henri Michaux por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Henri Michaux, Antologia, tradução de Margarida Vale de Gato, edição Relógio D´Água
Leituras: Alberto de Lacerda
Leitura de um poema de Alberto de Lacerda por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Labareda, edição Tinta da China
Leituras: Konstandinos Kavafis
Leitura de um poemas de Konstandinos Kavafis por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Konstandinos Kavafis, Os Poemas, tradução, prefácio e notas de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis, edição Relógio D´Água
Leituras: Fernando Assis Pacheco
Leitura de um poema de Fernando Assis Pacheco por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: A Musa Irregular (edição aumentada), edição Tinta da China
Leituras: Miguel-Manso
Leitura de um poema de Miguel-Manso por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Estojo, edição Relógio D´Água
Leituras: Mário Cesariny
Leitura de um poema de Mário Cesariny por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Pena Capital, edição Assírio & Alvim
Leituras: Paul Éluard
Leitura de um poema de Paul Éluard por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: A Cama, A Mesa, tradução de Luís Lima, edição Barco Bêbado
Leituras: Daniel Faria
Leitura de um poema de Daniel Faria por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Daniel Faria - Poesia, edição Quasi
Leituras: António Botto
Leitura de um poema de António Botto por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Cem Poemas para Salvar a Nossa Vida, edição Quetzal
Leituras: Catarina Nunes de Almeida
Leitura de um poema de Catarina Nunes de Almeida por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Voo Rasante, edição Mariposa Azual
Leituras: António José Forte
Leitura de um poema de António José Forte por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Uma Faca nos Dentes, edição Parceria A. M. Pereira
Leituras: Hilda Hilst
Leitura de um poema de Hilda Hilst por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Da Poesia, edição Companhia das Letras
MARCOS CARUSO
Marcos Caruso nasceu em São Paulo, em 1952. É actor, guionista, encenador, e um dos autores de teatro mais bem sucedidos do Brasil, com uma carreira que já conta mais de 50 anos na televisão, teatro e cinema. Começou a representar aos 14 anos no grupo de teatro amador da biblioteca infantojuvenil Monteiro Lobato, localizada em frente à casa onde morava, em São Paulo. Acabaria por dirigir esse projeto durante muitos anos.
A pedido do pai, estudou Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Fr
Leituras: Herberto Helder
Leitura de um poema de Herberto Helder por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Ofício Cantante (Poesia Completa), edição Assírio & Alvim
Leituras: Antero de Quental
Leitura de um poema de Antero de Quental por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Sonetoes, edição Ulmeiro
Leituras: Boris Vian
Leitura de um poema de Boris Vian por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Canções e Poemas, tradução de Irene Freire Nunes e Fernando Cabral Martins, edição Assírio & Alvim
Leituras: Edward Thomas
Leitura de um poema de Edward Thomas por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Três Bucólicos Ingleses, selecção e tradução de Ricardo Marques, edição Elysium
Leituras: Jorge Sousa Braga
Leitura de um poema de Jorge Sousa Braga por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: O Poeta Nu (poesia reunida), edição Assírio & Alvim
Leituras: W. H. Auden
Leitura de um poema de W. H. Auden por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Outro Tempo, tradução e introdução de Margarida Vale de Gato, edição Relógio D´Água
Leituras: John Clare
Leitura de um poema de John Clare por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Três Bucólicos Ingleses, selecção e tradução de Ricardo Marques, edição Elysium.
Leituras: Carlos de Oliveira
Leitura de um poema de Carlos de Oliveira por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Trabalho Poético, edição Assírio & Alvim
Leituras: Pedro da Silveira
Leitura de poema de Pedro da Silveira por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Fui ao Mar Buscar Laranjas (poesia reunida), edição Instituto Açoriano de Cultura
Leituras: Jorge Roque
Leitura de poema de Jorge Roque por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Revista Nervo, número 8.
Leituras: Nina Rizzi
Leitura de um poema de Nina Rizzi por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Sereia no Copo de Água, edições Jabuticaba
Leituras: Joaquim Castro Caldas
Leitura de um poema de Joaquim Castro Caldas por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Só Cá Vim Ver o Sol, edição Quasi
Leituras: Hélia Correia
Leitura de um poema de Hélia Correia por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Acidentes, edição Relógio D`Água
Leituras: José Miguel Silva
Leitura de um poema de José Miguel Silva por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Vista para um Pátio Seguido de Desordem, edição Relógio d`Água
ANTÓNIO BAGÃO FÉLIX
António Bagão Félix nasceu em Ílhavo, a 9 de abril de 1948. Estudou no Liceu Nacional de Aveiro, onde se destacou pelas boas notas, mas também pela conduta enquanto cidadão - foi escolhido como o "Aluno de Melhor Carácter" quando frequentava o sétimo ano. Aos 17 anos, mudou-se para Lisboa para estudar Finanças e licenciou-se no Instituto Superior de Economia e Gestão. Começou a trabalhar aos 21 anos, na área de gestão, em empresas de seguros. Entrou na política aos 31 anos, quando assumiu o carg
Leituras: Miguel Martins
Leitura de um poema de Miguel Martins por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Do Lado de Fora, edição Abysmo
Leituras: Manuel António Pina
Leitura de um poema de Manuel António Pina por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Todas as Palavras (Poesia Reunida), edição Assírio & Alvim
Leituras: Manuel Bandeira
Leitura de um poema de Manuel Bandeira por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Manuel Bandeira, Antologia, edição Relógio D´Água
Leituras: Rui Costa
Leitura de um poema de Rui Costa por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: As Limitações do Amor São Infinitas, edição Sombra do Amor
Leituras: António Manuel Couto Viana
Leitura de um poema de António Manuel Couto Viana por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Restos de Quase Nada e Outras Poesias, edição Averno
Leituras: António Osório
Leitura de um poema de António Osório por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Casa das Sementes, edição Assírio & Alvim
Leituras: António Barahona
Leitura de um poema de António Barahona por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Pássaro-Lyra, edição Averno
Leituras: Angélica Freitas
Leitura de um poema de Angélica Freitas por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Um Útero é do Tamanho de um Punho, edição Douda Correria
Leituras: Pedro Oom
Leitura de um poema de Pedro Oom por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Única Real Tradição Viva, Antologia da Poesia Surrealista Portuguesa de Perfecto E. Cuadrado, edição Assírio & Alvim
Leituras: Mário Henrique Leiria
Leitura de um poema de Mário Henrique Leiria por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Única Real Tradição Viva, Antologia da Poesia Surrealista Portuguesa de Perfecto E. Cuadrado, edição Assírio & Alvim
Leituras: Adília Lopes
Leitura de um poema de Adília Lopes por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Dobram edição Assírio & Alvim
Leituras: Hans Magnus Enzensberger
Leitura de um poema de Hans Magnus Enzensberger por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: 66 poemas, tradução, notas e posfácio de Alberto Pimenta, edição Edições do Saguão.
Leituras: Wislawa Szymborska
Leitura de um poema de Wislawa Szymborska por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Instante, tradução de Elzbieta Milewska e Sérgio Neves, edição Relógio D´Água
Leituras: Manuel Resende
Leitura de um poema de Manuel Resende por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Manuel Resende, Poesia Reunida, edição Cotovia
Leituras: Paulo Leminski
Leitura de um poema de Paulo Leminski por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Toda Poesia, edição Companhia das Letras
HUGO VAN DER DING
Hugo Van Der Ding nasceu em Lisboa, em 1976. Não gosta que lhe chamem humorista, mas a verdade é que nos põe a rir há muitos anos. Além das famosas tiras partilhadas nas redes socias, onde consta, por exemplo, A Criada Malcriada ou a psicanalista Juliana Saavedra, é cartonista, cronista, escritor, autor de teatro, ator, apresentador de rádio e televisão, entre outros ofícios. No entanto, diz nas entrevistas, que quando for grande, o que quer mesmo fazer é ser escritor de romances, e que tem guar
Leituras: Billy Collins
Leitura de um poema de Billy Collins por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Amor Universal, edição Averno
Leituras: Emanuel Félix
Leitura de um poema de Emanuel Félix por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: A Viagem Possível (Poesia 1965-1981), edição Secretaria Regional de Educação e Cultura, Angra do Heroísmo
Leituras: Alberto de Serpa
Leitura de um poema de Alberto de Serpa por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: A Poesia de Alberto de Serpa, edição Campo das Letras
Leituras: Pedro Homem de Mello
Leitura de um poema de Pedro Homem de Mello por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Eu, Poeta e Tu, Cidade, edição Quasi
Leituras: Mary Oliver
Leitura de um poema de Mary Oliver por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Felicidade, tradução de Luís Matos, edição Flaneur
Leituras: Rui Pires Cabral
Leitura de um poema de Rui Pires Cabral por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Morada, edição Assírio & Alvim
Leituras: Denise Levertov
Leitura de um poema de Debise Levertov por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Este Grande Não-Saber, tradução de Andreia C. Faria e Bruno M. Silva, edição Flaneur
Leituras: Alberto Caeiro/ Fernando Pessoa
Leitura de um poema de Alberto Caeiro por Raquel Marinho.
Livro: Poemas Completos de Alberto Caeiro, recolha, transcrição e notas de Teresa Sobral Cunha, edição Presença
Leituras: Charles Bukowski
Leitura de um poema de Charles Bukowski por Raquel Marinho. Música de João Paulo Esteves da Silva.
Livro: Os Cães Ladram Facas (Antologia Poética), seleção e prefácio de Valério Romão, tradução de Rosalina Marshall, edição Alfaguara
Nuno Artur Silva
Nuno Artur Silva nasceu em Outubro de 1962. Ainda na adolescência, enquanto frequentava o Liceu Pedro Nunes, integrou um grupo de teatro anarquista. Na faculdade, onde tirou o curso de Línguas e Literaturas Modernas, criou um grupo de teatro de peças cómicas ao lado de Rui Cardoso Martins. Percebeu que não queria ser ator, ou que não teria talento para a demanda da representação, e acabou por abandonar esse projeto e esse ambiente e ligar-se a um grupo de literatura, onde conheceu, entre outros,
Mafalda Veiga
Mafalda Veiga nasceu em Lisboa a 24 de dezembro de 1965, onde viveu a maior parte da sua vida. Passou a infância e a adolescência em Espanha, e desse período no país vizinho ficou-lhe, entre outras coisas, o gosto da rua, de estar na rua com os amigos. Bisneta do pintor Simão da Veiga, quando era criança chegou a ter aulas de pintura com o desejo de um dia ser pintora, mas o destino haveria de ser outro.
Quando o pai lhe ofereceu uma viola e aprendeu a tocar, iniciou, digamos, uma relação para a
António Costa Silva
António Costa Silva nasceu em 1952 em Angola, numa terra da província do
Bié chamada Nova Sintra, depois renomeada Catabola. Estudou no Colégio dos
Maristas no Cuíto, em regime interno, e depois na Universidade de Luanda,
Engenharia de Minas. Esses primeiros anos da idade adulta na capital
angolana foram, nas palavras do nosso convidado, “uma revelação”. Integrou o
Círculo Universitário de Cinema e esteve na origem da criação da Associação
de Estudantes, onde desenvolveu dotes de oratória em ass
Tozé Brito
Chama-se António José Correia de Brito mas conhecemo-lo por Tozé Brito. Nasceu em Ermesinde, em 1951, e viveu no Porto até aos 18 anos, altura em que José Cid o desafia para tocar como músico profissional no Quarteto 1111, e se muda para Lisboa. Essa mudança definiu uma carreira de sucesso na música, que lhe trouxe fama e reconhecimento nacional e internacional, mas o percurso musical do nosso convidado começa muito mais cedo, em casa. O pai tocava viola, o tio também; o bisavô tinha sido profes
Luca Argel
Luca Argel nasceu no Rio de Janeiro, em 1988. Atualmente cantor e compositor de samba a viver em Portugal e cidadão português, começou por fazer o Curso Superior de Música no Rio de Janeiro e, ainda na faculdade, por dar aulas de música em ONG´s, escolas, ou lições particulares. Em 2012, estava a lecionar numa Escola Municipal do Rio de Janeiro e decidiu vir para Portugal fazer um mestrado em literatura, sem saber se o futuro voltaria a trazer-lhe a música de novo. Antes de chegar ao Porto, aind
Laurinda Alves
Laurinda Alves nasceu em Dezembro de 1961. Estudou no Liceu de Queluz, onde foi aluna de Teresa Belo, mulher do poeta Ruy Belo. Era muito boa aluna a português, e muito boa jogadora de basket, primeiro no Queluz, depois no CIF, onde foi campeã. Aos 17 anos participou num concurso para entrar na RTP, e foi selecionada entre mais de 2 mil candidatos. Como era menor de idade, não podiam legalmente contratá-la, mas disseram-lhe que esperariam que fizesse os 18 para entrar na empresa, e foi assim que
Luís Miguel Cintra
Luís Miguel Cintra nasceu em Madrid, em 1949. Foi um dos melhores alunos do Liceu Camões, onde partilhou sala de aula com António Guterres. Marcaram-no alguns professores desse período como Mário Dionísio, Vergílio Ferreira ou Bénard da Costa, mas também o contacto próximo com figuras importantes da cultura que eram visita de casa: Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Vitorino Nemésio, entre outros. Em 1966 entrou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para fazer o curso de
Jerónimo Pizarro
Se pudesse oferecer um presente a Fernando Pessoa, o meu convidado de hoje escolheria uma máquina fotográfica para que Pessoa nos ensinasse a fazer fotografias do imaginário. Jerónimo Pizarro, colombiano, um dos grandes pessoanos do nosso tempo, descobriu o poeta dos heterónimos algures entre a adolescência e a entrada na universidade, depois da leitura do Livro do Desassossego. Depois dessa leitura inicial quis conhecer Pessoa mais e melhor, e uns anos mais tarde, já em Portugal, confirmou o de
Tiago Nacarato
Tiago Nacarato nasceu e cresceu no Porto, mas podemos talvez dizer que encontra as suas principais raízes musicais no Brasil. Filho de pais brasileiros, sendo o pai músico, desde cedo escutou os ritmos daquele país e também quis aprender a tocar e cantar precocemente. Teve aulas de canto, guitarra, treino auditivo, teoria musical e combo a partir dos 18 anos, quando se inscreveu na escola de música Valentim de Carvalho. Anos depois, reencontrou as raízes brasileiras na Orquestra Orquestra Bamba
Carlos Tê
Para apresentarmos o nosso convidado desta semana usamos as suas palavras: “Gingando pela rua ao som do Lou Reed/ Sempre na sua sempre cheio de speed/ segue o seu caminho com merda na algibeira/ o Chico Fininho/ o freak da cantareira.” A música, cantada por Rui Veloso e lançada em 1980 no álbum Ar de Rock, tornou-se uma bandeira do rock português e é assinada, letra e música por Carlos Tê. Chama-se, na verdade, Carlos Alberto Gomes Monteiro e nasceu no Porto, Cedofeita, em 1955. Escreveu a prime
João Gesta
João Gesta nasceu em Matosinhos, em 1953. Dos anos de infância em Matosinhos recorda as assimetrias sociais, que lhe entraram pelos olhos adentro através, por exemplo, de alguns amigos de infância que andavam descalços, ou que encontravam na escola a única refeição durante o dia, pão e leite. Esse enquadramento deu-lhe uma consciência social que mantém até aos dias de hoje. Trabalhou na área do comércio de madeiras durante mais de 20 anos. Teve duas empresas, viajou mundo fora, mas faltava qualq
José Eduardo Agualusa
José Eduardo Agualusa é um escritor amplamente premiado e traduzido, que escreve porque não sabe o fim da história. Ou seja, escreve livros porque também ele quer saber como acaba a narrativa que iniciou, e esse detalhe é o que o faz considerar que a sua profissão não é um trabalho, mas uma atividade lúdica. Assume-se como um Angolano em viagem, e de facto já viajou mundo fora muitas vezes, e já viveu em cidades como Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. Atualmente, divide o seu tempo entre L
Inês Meneses
Inês Meneses nasceu em 1971 e estreou-se na rádio aos 16 anos, na altura uma rádio local de Vila do Conde, a fazer noticiários. Depois de uma passagem pela rádio Nova Era, do Porto, seguiria para a TSF, onde permaneceu alguns anos. A Radar, rádio para onde se mudou depois, serviu de berço ao projecto “Fala com Ela”, um programa de entrevistas que são também conversas acolhedoras com pessoas de quem a Inês gosta ou que admira, e que se mantém agora na rádio Antena 1, e em podcast. Na mesma onda h
Joana Gama
Joana Gama nasceu em Braga, em 1983. Estudou no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, para onde entrou com 5 anos; no Royal Academy of Music, em Londres; e na Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2010 concluiu o mestrado em Interpretação na Universidade de Évora onde defendeu, em 2017, a tese de doutoramento "Estudos Interpretativos sobre música portuguesa contemporânea para piano: o caso particular da música evocativa de elementos culturais portugueses". Tem um enorme fraquin
Alberto Manguel
Alberto Manguel nasceu em Buenos Aires em 1948, e cresceu em Telavive e na Argentina. Aos 16 anos, trabalhava na livraria Pygmalion, em Buenos Aires, quando Jorge Luis Borges lhe pediu que lesse para ele em sua casa. Foi leitor de Borges entre 1964 e 1968, ano em que se mudou para a Europa. Viveu em vários países, entre os quais Espanha, França, Itália e Inglaterra. É ensaísta, romancista premiado e autor de vários best‑sellers internacionais, como "Dicionário de Lugares Imaginários",
Márcia
Chama-se Ana Márcia de Carvalho Santos, mas conhecemo-la por Márcia. Nasceu em Lisboa, em 1982, e começou a tocar guitarra aos 12 anos. Estudou pintura na Faculdade de Belas Artes e estagiou em cinema documental. Ao mesmo tempo que fazia a formação académica, frequentou o curso de canto na escola de Jazz Hot Clube. Cantou no grupo popular Real Combo Lisbonense e na banda Ana's Blame. Foi com esta banda que se apresentou pela primeira vez ao vivo, no Teatro Gil Vicente, em Cascais, num concerto o
Dia Mundial da Poesia 2021 - Emissão Especial
No Dia Mundial da Poesia damos o microfone aos poetas portugueses contemporâneos para escutarmos os seus poemas. É apenas uma pequena amostra do que se faz hoje na poesia portuguesa, de certa forma representativa de várias gerações e vozes, tendo, no entanto, presente a ideia de que o universo da poesia portuguesa contemporânea é muito mais vasto. A ordem das leituras que se seguem é alfabética. O Poema Ensina a Cair deseja-lhe um Feliz Dia Mundial da Poesia.
Afonso Cruz
Afonso Cruz nasceu em 1971, na Figueira da Foz. Em criança, o seu lugar preferido no mundo era em cima de uma árvore, hoje é perto dos amigos. Começou a ler muito cedo – o primeiro livro não infantil foi do autor russo Dostoievsky aos 12 anos - e acredita que o facto de escrever lhe aconteceu devido às inúmeras leituras que acumulou, como se cada livro lido fosse uma gota de água a encher um copo, que às tantas tem de transbordar e sair de outra forma. Explicou, numa entrevista, que escrever é c
Ivo Canelas
Ivo Canelas nasceu em Lisboa, em 1973. Chegou a entrar numa peça de teatro da escola, ainda na antiga quarta-classe, mas não foi nessa altura que pensou tornar-se actor. Astronauta era uma das hipóteses, os testes psicotécnicos indicariam mais tarde advogado ou arquitecto urbanista, e Ivo Canelas chegou a inscrever-se nos exames para a Faculdade de Direito mas faltou e foi antes, às escondidas dos pais, fazer exames de acesso ao conservatório. Foi lá, enquanto estudava representação e durante um
Júlio Machado Vaz
Júlio Machado Vaz nasceu no Porto, em 1949. Pai, avô, médico psiquiatra, professor universitário, autor de muitos livros, colabora há muitos anos com a imprensa, rádio e a televisão, e marcou várias gerações a falar de sexo com programas como O Sexo dos Anjos, na rádio, ou Sexualidades, na televisão que lhe trouxeram um proximidade quase sempre carinhosa com o público, que gosta de lhe chamar Tio Júlio”. Já não está regularmente na caixinha mágica, mas mantém, há mais de uma década, o
Vicente Alves do Ó
Vicente Alves do Ó nasceu em Janeiro de 1972, em Sines. Antes de vir para Lisboa, aos 27 anos, trabalhou na Câmara Municipal, secção de obras e secção cultural, e ainda antes disso, no Centro Cultural Emmerico Nunes com o poeta Al Berto. A figura do poeta que haveria de filmar e homenagear no cinema em 2017 esteve presente na sua vida desde cedo por via da relação de Al Berto com o irmão mais velho de Vicente Alves do Ó. Disse numa entrevista que esta proximidade a Al Berto e ao seu grupo
João Botelho
João Botelho, realizador e argumentista, nasceu em Lamego em 1949. Frequentou o curso de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra e a Escola de Cinema do Conservatório Nacional. Trabalhou em artes gráficas, fez crítica de cinema, e iniciou a carreira de realizador em 1976. Primeiro documentários e depois a estreia nas longas metragens em 1981 com "Conversa Acabada", um filme sobre a correspondência entre Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa. Para preparar este filme teve acesso à tão fal
Camané
Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos, conhecido por Camané, nasceu em Oeiras, em dezembro de 1966. Aos 7 anos de idade foi obrigado a ficar em casa durante um mês por razões de saúde, e só tinha 3 discos: Beatles, Frank Sinatra e Charles Aznavour. Ouvia-os com grande admiração, e deles passou para o fado, para escutar Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro e Carlos do Carmo. Já disse em entrevistas que o fado entrou muito depressa no seu ouvido, “os fadistas eram óptimos intérpretes. Tinham um
Francisco José Viegas
Francisco José Viegas nasceu em 1962 numa aldeia chamada Pocinho, em Vila Nova de Foz Coa. Aos 8 anos mudou-se para Chaves para acompanhar os pais, professores primários, colocados nessa cidade. Da adolescência sabemos pouco, à excepção do desejo de vir a ser cantor. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses, pela Universidade Nova de Lisboa, iniciou cedo a dedicação ao jornalismo. Passou pelo Jornal das Letras, Expresso, Semanário, O Jornal, O Se7e, Diário de
Nicolau Santos
Nicolau Santos nasceu em Luanda em 1954, cidade angolana onde cresceu e fez o secundário todo. Veio para Portugal em 1975, e só regressaria ao país de origem em trabalho. Estudou economia. Foi jornalista no Jornal de Notícias, trabalhou para a ANOP (a antecessora do que se veio a tornar a Agência Lusa), foi director do Diário Económico e do Semanário Económico, dirigiu o Público, e durante cerca de 20 anos director-adjunto do Expresso, 13 dos quais co-apresentou o programa ‘Expresso da Meia-Noit
António Zambujo
António Zambujo nasceu em Beja, em 1975. Começou na música pelo clarinete, ainda criança, quando ingressou no conservatório por sugestão de uns vizinhos da casa da avó, figura importante na formação pessoal e musical do nosso convidado.
Do clarinete à guitarra foi um salto, marcado também pela descoberta da música brasileira através dos discos de João Gilberto durante a adolescência. O cantor e compositor brasileiro tocava outros autores, e António Zambujo abriu essa porta para não mais a fechar
Alice Vieira
Alice Vieira nasceu em 1943, em Lisboa. Estudou filologia germânica na Faculdade de Letras, mas cedo soube que o futuro seria no jornalismo. Enviou o prometo texto para o Diário de Lisboa aos 14 anos, episódio que encerra uma história pessoal. Acabaria por entrar no jornal uns anos mais tarde. Conta com mais de oito dezenas de títulos publicaria. É considerada uma das mais importantes autoras portuguesas para jovens. Em 1979 recebeu o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança co
Martim Sousa Tavares
Martim Sousa Tavares nasceu em Lisboa, em 1991. Começou a estudar piano aos 8 anos mas a música não foi a primeira opção quando chegou a altura de entrar na universidade. Começou pelo curso de Ciências da Comunicação, experiência que durou pouco mais de um mês, quando decidiu mudar para Ciências Musicais na mesma Universidade Nova de Lisboa. Licenciou em 2012. Um ano depois estreou-se a dirigir uma orquestra em público pela primeira vez, em Vilnius, na Lituânia. Ingressou depois na Academia de M
Pedro Santos Guerreiro
Pedro Santos Guerreiro, 46 anos, nasceu em Lisboa mas mudou-se para Viseu aos 3 meses, cidade onde viveu até aos 18 anos, e onde experimentou o jornalismo a primeira vez, à boleia das rádios piratas. Tinha 13 anos quando começou na Rádio Escala. Licenciou-se em Gestão e fez um MBA na Universidade Nova. Foi fundador do Jornal de Negócios aos 24 anos, director do mesmo jornal aos 33, e depois director do Expresso aos 42. Participa regularmente em órgãos de comunicação social nacionais e internacio
Teresa Conceição
Teresa Conceição nasceu em Vila Real de Santo António, mas foi em Tavira que viveu a infância até partir para Lisboa, aos 17 anos. Ao mesmo tempo que frequentava o curso de Línguas e Literaturas Modernas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade de Lisboa, fez 14 cadeiras do curso de Comunicação Social, mas o que originalmente queria era ser pintora. 5 anos depois de ter chegado à SIC inscreveu-se em Belas Artes para tirar um curso de pintura e acumulou, durante esse período, o tr
Joaquim Furtado
Joaquim Furtado nasceu em Penamacor, em 1948. Ainda em criança mudou-se para Lisboa e começou o percurso no jornalismo aos 18 anos, na Rádio Universidade, uma das criações da Mocidade Portuguesa. Fez jornalismo numa altura em que o trabalho jornalístico ainda passava pelo crivo da censura antes de ser publicado. É dele a voz que abre o caminho para a liberdade na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, com o primeiro comunicado oficial do Movimento das Forças Armadas, lido aos microfones Rádio Clu
Dia Mundial da Poesia 2020 - Emissão Especial
"Em tempo de pandemia, de estado de emergência e de isolamento para a maioria de nós, pedi a alguns amigos e leitores de poesia para usarem os seus telefones e gravarem um vídeo a dizer um poema. As contribuições foram muito generosas, e muito além do que eu poderia esperar. Só posso agradecer. Partilhei esses vídeos nas várias plataformas d’O Poema Ensina a Cair, Facebook, instagram e YouTube, a grande maioria no dia mundial da poesia, 21 de Março, mas também nos dias que antecederam a efemérid
Rui Vieira Nery
Rui Vieira Nery, musicólogo, ex-secretário de Estado da Cultura, director do programa Gulbenkian de Cultura, é o nosso convidado desta semana. Iniciou os estudos musicais na Academia de Música de Santa Cecília e prosseguiu-os depois no Conservatório Nacional, em Lisboa. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, doutorou-se em Musicologia pela Universidade de Austin, no Estado norte-americano do Texas. Foi um dos principais rostos da Candidatura do Fado a Patrimón
Capicua
É conhecida do público por Capicua, chama-se Ana Matos Fernandes. Descobriu o Hip Hop aos 15 anos nas ruas da cidade do Porto, onde nasceu, e também nas cassetes que chegou a gravar em casa, antes de chegar aos microfones profissionais e ao grande público. Estudou Sociologia, fez um doutoramento em Geografia Humana, em Barcelona, e nunca pensou viver da música.
É rapper, acaba de lançar o terceiro álbum, e é também letrista, activista, feminista, cronista, e admiradora confessa de Sérgio Godinho
Eunice Muñoz
Eunice Muñoz nasceu a 30 de julho de 1928, na Amareleja, Baixo Alentejo, no seio de uma família de actores. Aos cinco anos já realizava pequenos números musicais na companhia teatral da família, a Troupe Carmo. Estreou-se no Teatro Nacional com a peça Vendaval, aos 13 anos, e recorda desse momento “o terror de ver o pano de boca a subir, uma imagem que se eterniza”, segundo disse recentemente numa entrevista ao Diário de Notícias.
Entrou no Conservatório aos 14 anos, e saiu aos 17 com uma m
Alexandre Quintanilha
Alexandre Quintanilha, físico e biólogo, é um dos nomes da investigação científica mais reconhecidos de Portugal. Licenciado em Física Teórica e doutorado em Física do Estado Sólido, viveu na África do Sul e nos Estados Unidos, antes de chegar a Portugal aos 45 anos, para trabalhar na Universidade do Porto. A par do ensino na Universidade, dirigiu algumas das instituições de investigação científica mais prestigiadas do país. Atualmente é deputado da Assembleia da República, para onde foi el