🎙️ A fechar setembro, o TEATRA recebe Carlos Avilez, numa conversa que deambula pelos mais de 50 anos de teatro de um dos nomes grandes da cena teatral portuguesa. Fundador do TEC – Teatro Experimental de Cascais, diretor de dois teatros nacionais, um dos quais o D. Maria II, e ainda fundador da Escola Profissional de Teatro de Cascais, Carlos Avilez estreou-se como ator, descobriu-se encenador e, enquanto professor, é responsável por uma nova geração de artistas.
Uma vida profissional longa que, como recordou a Mariana Oliveira, nasceu da ousadia de uma carta enviada a Amélia Rey Colaço, em que expressava a sua vontade de ser ator. A espontaneidade nos contactos tem sido uma constante e foi responsável pela participação de nomes sonantes em projetos seus, como Almada Negreiros e Carlos Paredes, que convidou através de singelos telefonemas. Por contraponto à simplicidade, Carlos Avilez revela a Mariana Oliveira como foi o tempo antes do 25 de abril, quando havia agentes da PIDE a assistir aos ensaios no TEC; fala sobre a sua relação com a crítica, que às vezes o magoou; e sobre algumas das suas encenações polémicas.
O trabalho de ator com nomes históricos como Amélia Rey Colaço ou Palmira Bastos; o regresso a este Teatro enquanto Diretor, lugar que ocupou durante sete anos; o nascimento do TEC, que começou por ser um teatro de praia, itinerante; a criação, há 30 anos, da Escola Profissional de Teatro de Cascais e o seu trabalho como professor são alguns dos temas que não faltam nesta conversa, que tem até momento para relembrar o sui generis episódio em que um tarólogo profetiza a Carlos Avilez a sua viagem a Osaka, aquando da Expo’70.
Sugestão cultural:
🎭 mostra_T, Teatro Experimental de Cascais